segunda-feira, julho 25

a minha vida é muito pessoniana!

Dias bons , dias maus e dias!

segunda-feira, julho 18

Os EUS, as minhas portas e compartimentos internos.

Às vezes não consigo olhar para a minha vida como um todo. como um conjunto sólido e inseparável. Mas sim como compartimentada. E se calhar é assim mesmo, o que compõe o self. Ou não, deveria olhar como um todo e analisar o conjunto. Mas cada dia é um dia. Ou, eu acho, não há regra nisto da introspecção. E como eu adoro a introspecção. Seja ela positiva, ou negativa. Seja nostálgica ou feliz. E sem regras. Como eu adoro estar comigo... às vezes! E quando entro nisto da introspecção, vejo portas e portinhas. Somos tantas Anas que constroem o meu EU. Vá... resumindo, há a Ana-psicóloga, com dois trabalhos, a Ana-fiha, a Ana-filha-única, a Ana-da-família, a Ana-amiga, a Ana-mulher, a Ana. Bem, como é lógico há aqui uma só, comum a todas. Uma transversal a todas. Uma só. Papeis que se misturam. Alguns nem se devem conseguir distinguir. A Ana-psicóloga, mas com dois trabalhos completamente diferentes. Já aqui entro numa porta que se depara logo com duas. Completamente diferentes, motivantes, cognitivamente estimulantes. Altamente intensos, ambos. Todos os dias abro uma e outra em alturas diferentes. Saio de uma rapidamente para outra. Todos os dias. Posso até me queixar, barafustar e sonhar com outras profissões, mas adoro. O que não quer dizer que não me veja a fazer outras coisas...porque imagino. Mas por muito que me queixe, adoro! Dou o meu máximo. Sou super responsável por mim. Cuido do meu trabalho. Exijo-me o melhor e odeio falhar. Assumo as falhas e corrijo-as. Não me posso queixar que é muito duro, que é pesado. Eu escolhi-o, e apesar de tudo, adoro-o. Dentro destes compartimentos, por detrás destas duas portas a responsabilidade de os arrumar, é minha. Eu oriento-me e responsabilizo-me. Mesmo às vezes sendo um peso, é a minha obrigação. E há as outras Anas que falei, e que se descrevesse como vejo essas portas escrevia um romance de 531 páginas. A Ana-filha, a Ana-amiga, a Ana-mulher... tantas! Eu sou um infinito. Se calhar as 531 páginas não chegariam. E eu adrava escrever um livro. Nestas não sei se divido uma porta, a Ana-da-vida-pessoal, e lá dentro infinitas portas com cada uma, cada sentimento, cada papel. Mas as portas também não interessam Não tenho tempo nem paciência agora para as descrever como as vejo, mas é um exercício de auto-análise que faço e adoro. A Ana no geral chora muito e ri muito, é emotiva, em família, acompanhada ou a sós.... EU! Tenho cada vez mais necessidade de me exprimir por palavras para as pessoas que adoro, de dizer, de mostrar. Aprendi que vale a pena falar. Claro que às vezes as palavras não saiem, e aí sei que tenho que mudar. Tudo muito resumidamente, a Ana-filha-única chora quando se apercebe da quantidade de cabelos brancos do Pai, porque entristece. Ou quando vê a mãe Doente. Outra chora desalmadamente com um desamor, sofre até escorrer sangue por cada desgosto de amor. Sofre quando tem um amigo triste e preocupa-se e fica mal disposta se não consegue mudar. Cuida da família. Adora Cuidar. É tensa demais em montes de situações. Tem dificuldade em se descontrair às vezes. Se for para dar gargalhadas e estar feliz, também está lá, essa Ana, em todas as vertentes do EU. Eu, para falar na primeira pessoa, sou assim e muito mais. Eu, no geral, sou frágil. É nisto tudo que procuro ajuda. Porque sou carente e por isso tenho que mostrar. E assim recebo ajuda de todos, da família, dos amigos. Porque eu, preciso dos outros. Eu, sempre me assumi como independente, decidida, despachada, confesso, sou altamente carente e depedente do calor humano. Adoro as pessoas que tenho na minha vida. Mas isso não me preocupa, porque ser frágil não faz de mim menos. E porque expôr-me só me ajuda a aproximar de quem gosta de mim. Mas porquê tanta introspecção hoje. Tanto paleio sobre mim... De onde me veio esta inspiração para hoje escrever sobre mim? Porque para tudo o que está para trás, eu conto com os outros. Ajudam-me e estão ao meu lado, sinto apoio. Sinto que basta tremer o olho e tenho um batalhão de gente que me suporta emocionalemente!! Mas para o raio da caldeira, que eu chamo esquentador e ainda sou insultada por isso, pinga água desalmadamente, conto comigo, e só comigo! E eu passo-me!!! Eu passo-me e estou farta! O raio do técnico chiquissimo, que é um picheleiro especializado em caldeiras, deixou-me hoje pela terceira vez pendurada ... A caldeira continua a pingar! Paguei 480 euros em Janeiro para um arranjo que tem garantia... Agora ele não vem, pois!! Não quer dar assistência de borla a uma peça furada que ele pôs? Vou explodir... É isto que me cansa. Esta gestão funcional das coisas práticas. Porque das coisas emocionais tenho as minhas pessoas comigo, cá me arranjo, com mais lágrima, menos lágrima, mais gargalhada, menos gargalhada. E apetece-me berrar! AHHH se apetece. Ai como eu odeio tratar destas coisas. E o pneu que me furou hoje num raio de um buraco enorme que eu não vi? E tive que chamar a assistência. E esperar. E há quinze dias que a bateria do carro pifou, e tive que chamar reboque, ir à oficina... E andar de um lado pró outro. Fico doente! E os assuntos do condomínio, que dá problemas, como eu odeiooooooooooooo as reuniões de condomínio. E o raio do cartão VISA? 300 euros na Amazon americana, não usados por mim. Cancela, vai ao banco, assina papelada, acciona seguro. E o Meo? Que fiz reclamação da conta que pagava, pediram desculpas, prometeram mundos e fundos por telefone e a conta vem igual? E tenho que fazer uma carta de reclamação....Aiiii o que eu odeio tratar dessas coisas! E o candeeiro de tecto que comprei para a dispensa há 3 anos e não sei onde está? E só me apetece berrar! E quando hoje cheguei a casa, e esperei pelas 20h, pela terceira vez, pelo técnico da Caldeira que pinga desalmadamente, e ele não aparece, desesperei. E aqui sim, estou sozinha e tenho que me desenrascar! Entrei na lavandaria, olhei para a pinga contínua, e apeteceu-me chegar à sala e dizer: "Amor, querido, ainda não trataste da caldeira?". Ou no outro dia: "Fofo, o carro está sem bateria, e estou atrasada, vou pró trabalho de táxi, tratas disso?". Ou hoje: "Socorro, furei o pneu e tenho que estar na clínica daqui a 5 minutos, tratas disso queridinho? Adeus". Pode não ser "olá Amor", mas sim "olá Ambrósio! Preciso de algo!!" Eu sei lá! E agora... que a CALDEIRA deu tanto que pensar e reflectir sobre todas as Anas que me compõem o EU, lá vou eu escrever a carta para o MEO, ler a acta da reunião de condomínio, telefonar para o técnico de pichelaria e descompô-lo, organizar o dia de amanhã de maneira que dê para tratar dos assuntos do cartão "roubado". E mais umas 10 coisas que eu, l i t e r a l m e n t e, ODEIO fazer! Ahhh ... e ainda há mais...
Porque é que não consigo fazer copy dos textos escritos emWord para aqui, o Blogger?