ser

sempre tive a noção de que era fraco , ou frágil! quando algo novo ou que nao estou à espera menos agradavel , entro em parafuso penso sempre que não vou conseguir gerir as coisas, parece um tunel sem fim. passado esse tunel, fica sempre na minha duvida se foi eu que sai dele ou se foi ele que passou por mim. tenho conseguido aos poucos , reagir gerir, procurar o melhor da situação que passo. sou um previligiado. agora so não sei é se serei assim tao fraco como me sinto!

Ninguem disse que era fácil

ninguem disse que era fácil, e quando o meu maior inimigo sou eu inseguro, carente, medo do desconhecido e de arriscar. a minha vida esta a dar uma grande volta,e há dias em que realmente sinto como sou abençoado e previligiado. nesses dias estou feliz de mais para escrever de aprofundar os sentimentos prefiro vive-los. nos dias como hoje em que acordo ás 3 da manha , e nao durmo mais, e principalmente quando sei que esta dor que sinto é causada por mim proprio. nestes dias assim, fico destruido sem rumo , a dor enche-me todo. o meu corpo pesa, a cabeça doi e alma chora. sei que vai passar, ninguem disse que viver era facil. mas todos nos acabamos por descobrir que a vida não é facil basta crescer. ontem falavam nos sonhos nos objectivo que queriamos na vida. e fizeram-me esta observação " tu rui é mais novo , deves estar cheio de sonhos e objectivos a realizar!" derrepente dei por mim à procura dos meus sonhos, e o pior acho que já não tenho nenhum, de tantas voltas que estou a dar não consigo sonhar. ja so penso no dia seguinte. enfim ninguem disse que era fácil....

Rui, "no body said it was easy" ...
Infelizmente vamos atravessando tantas fases conturbadas. Não penses que são só alguns. Mas só sentem mais os mais emotivos. Com mais sensibilidade. Toca mais fundo.
Mas acredita, essa emoção quando é forte, também é válida para as coisas boas. Também se vive da mesma forma intensa que se vive as angústias ou tristezas.
Não é preciso saber só esperar, mas também tudo que tens feito, lutar, encarar e não desistir. E sei que agora parece mais difícil, mas eu vou estar aqui para te apontar as coisas bonitas e boas. Vou-te mostrar o por-do-sol, as músicas bonitas. Ou simplesmente fazer uns cookies. Ou mais simples ainda, estar ao teu lado, em silêncio. Mas farei tudo para estar ao teu lado para evitar ao máximo a angústia que sentes! de uma forma simples: a amizade.

Os caminhos

Quando começei a trabalhar, ia todos os dias a pé, e a rever o que tinha de fazer. Dizia sempre para mim para dentro e as vezes ate para fora, "Tenho que trabalhar" preciso de trabalhar. Hoje dei por mim a fazer o mesmo caminho mas a pensar " preciso de um tiro na cabeça" A instabilidade no meu cérebro reina!

Angustia

Se Angustia pagasse matasse! Já não estaria neste mundo!

Tenho tanto para dizer, tenho páginas e páginas escritas sobre emoções e sentimentos. Tristes e felizes, angustiantes e calmantes, o retrato do meu interior dia após dia. Sem factos reais. Só mentais.

Mas cada vez mais tenho dificuldade em partilhar e expor as minhas emoções. Alguns tentam adivinhar por um gesto, um olhar. Por sinais que tento esconder, mas teimam em pressistir.

A verdade é que tudo que me apetece é estar em casa. Em minha casa. Não necessáriamente sozinha, só com quem eu gosto. Mas em minha casa. Onde as paredes me sabem de cor.

Arrepios

Estou no Rio de Janeiro.
Estou duplamente arrepiada! Porque os arrepios são as sensações mais espontâneas... É o sentir à flor da pele o que nos passa bem dentro do coração.

O Rio é lindo. O Rio é música. O Rio é verde e azul. O Rio é paixão. É quente. Em todos os sentidos. O Rio é exageradamente bonito, se isso é possível.
É uma cidade entalada no meio do mar e das montanhas. É uma cidade que os prédios são apagados por árvores verdes, de tonalidades de verdes que eu pensei não existir, é uma paleta de cores. As árvores abundam, árvores que nunca vi, com flores, com cheiro. Eu baptizei-a de "Rio-cidade-floresta". Não é à toa que dizem que foi o local onde Deus demorou mais a desenhar... acho que foi um poeta que o disse. Mais uma vez, aqui no Rio, eu quero ser poeta. Porque eu quero exprimir sensações em palavras, mas acho-me incapaz. Ou então o dicionário não tem palavras suficientes para traduzir as minhas emoções.
Eu ouço música por onde passa. Um senhor canta num lado, outro toca pandeireta e faz uns passos de dança noutro. Outro vende água de côco e a sua gargalhada é musical. Quem passa por mim sorri, cumprimenta, fala. À noite dançam, pela rua fora.
Eu vejo o nascer do sol todos os dias na praia, e vejo o por do sol, todos os dias, no mar, e fico melancólica.

O Rio arrepia.

O Rio também arrepia porque o Rio tem a pobreza mais miserável que eu já vi. Tem pobreza na rua, mostra a degradação humana. Não sabia que tinha tantas favelas. Tem favelas em qualquer parte. Tem favelas na zona norte e na zona sul. Tem favelas em Ipanema, no Leblon. Mesmo atrás dos bairros mais ricos da cidade. Tem favelas no início de qualquer montanha que se olhe. Deixa um sabor amargo no coração.

O Rio é lindo, e é feio ao mesmo tempo. Mas eu adoro o Rio, apesar de tudo o que ele mostra.

Porque o Rio de Janeiro é sincero.
Mas eu tenho saudades do meu Porto! Até já...

E a vida é assim...

Já não sei onde li a expressão "A vida resolve-se..." mas continua-me a fazer sentido, continuo a pensar nela nos momentos em que não vejo saída. Às vezes não vale a pena explorar e ansiar pelas saídas de uma encruzilhada, porque a vida resolve-se...

Lembro-me de uma música brasileira, que começa assim "Tem dias que fico pensando na vida, e sinceramente, não vejo saída...."  Há dias assim, .. mas a música termina a dizer "Sei lá, a vida tem sempre razão..." Ou seja, gostemos mais ou menos, concordemos ou não, há sempre saídas. E não só. Voltam novas fases, novos desafios, novos confrontos, mas também novas felicidades, novas experiências. É isso que é a vida. Uma constante novidade!

O problema é esse, a novidade permanente e como lidar com as expectativas e exigências, sejam, novas, sejam frustradas, sejam quais forem. Mas a vida sem novidade dá tédio. Todos precisamos de adrenalina. De diferentes sensações, de oscilação. Precisamos tanto disso como de estabilidade. E aqui encontro a contradição. E volto sempre a esta contradição. Ou melhor, a esta dúvida: estabilidade tem necessariamente que ser entediante? Não... não tem. Posso é ainda não ter as ideias muito claras.

Há ideias claras na minha cabeça, e outras muito turvas.

E no meio de tudo isto, há sempre o meu sofá, a minha zona de conforto. De onde me obrigo a sair tantas vezes para ir enfrentar esse fervilhar da vida lá fora e que tantas emoções contraditórias me faz sentir. Mas que depois de as sentir, sejam boas ou más, eu gosto... só custa arrancar às vezes...

E por isso ... a vida resolve-se ... e eu preciso de um abraço... Não é preciso complicar.

Parabéns Rui!!

"De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos."

 (Fernando Pessoa)

"A escola não deve ter a melancolia da cadeia. Pestallozi, Froebel, os grandes educadores, ensinavam em pátios, ao ar livre, entre árvores. Froebel fazia alterar o estudo do ABC e o trabalho manual; a criança soletrava e cavava. A educação deve ser dada com higiene. A escola entre nós é uma grilheta do abecedário, escura e suja: as crianças, enfastiadas, repetem a lição, sem vontade, sem inteligência, sem estímulo: o professor domina pela palmatória, e põe todo o tédio da sua vida na rotina do seu ensino." (Eça de Queirós)

Mágoa não mora mais em mim!