terça-feira, novembro 15

Como a Noite é Longa!

 Como a noite é longa!
Toda a noite é assim...
Senta-te, ama, perto
Do leito onde esperto.
Vem p’r’ao pé de mim...
Amei tanta coisa...
Hoje nada existe.
Aqui ao pé da cama
Canta-me, minha ama,
Uma canção triste.


Era uma princesa
Que amou... Já não sei...
Como estou esquecido!
Canta-me ao ouvido
E adormecerei...

Que é feito de tudo?

Que fiz eu de mim?

Deixa-me dormir,

Dormir a sorrir
E seja isto o fim.



Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

domingo, novembro 13

O mundo não está preparado para a transparência! O que é de facto uma pena...

segunda-feira, novembro 7

Outono

Adoro o Outono! Luz coada, dias mais frios,camisolas!!!!! Vem também a melancolia, o bombardeamento diario do mau estado do país. E vê-lo relfectido no dia a dia do meu trabalho! Penso como seria no tempo onde nao haveria tanta informação onde se vivia o dia a cada dia! Terias coisas más. as também coisas boas , sofrer por antecipação, angustias! Sofro imenso com angustias, embora menos graças à quimica, reduz a enorme emocionalidade do meu ser. O que é bom senão estaria um caco neste momento. Na minha vida tudo parece ter um timing que teima não ser o meu. Temos azares e coisas boas, esforço-me por criar coisas boas e bonitas na minha vida! Mas ha dias que so me apetece ficar na cama o dia todo, prolongar o momento ao maximo, na minha cama nao hà noticias, nao vejo pessoas desanimadas, assim um limbo! O outono da minha vida!

quinta-feira, novembro 3

"Parece-me fácil viver sem ódio, coisa que nunca senti, mas viver sem amor acho impossível."

Jorge Luís Borges

Talvez um dos meus poetas preferidos...




quarta-feira, novembro 2

Nos dias em que tudo corre bem não apetece vir escrever. Partilho as emoções positivas de outra maneira. Telefono, saio, comunico, falo demasiado por vezes. Mas não me apetece vir aqui e dizer que tive um dia fabuloso, e que isto e aquilo.

Mas já agora, hoje o dia foi óptimo, almocei com duas primas, cheias de carinho e união e partilha e vontade de estarmos juntas. O almoço durou três horas, porque não nos apetecia mudar o momento. Apetecia mais parar o tempo. Depois, tempo de qualidade com os meus progenitores, aqueles que me olham directos ao coração! Ainda deu tempo para passear com uma amiga. Chegar a casa, e tratar de mim! Com tudo a que tenho direito. Esfoliantes, máscaras, cremes. Enfim...  Sofá... Manta.. Séries...

Mas claro, só escrevo porque a noite trouxe uma melancolia inexplicável. O Novembro é lixado. É o mês dos meus anos. Tenho uma razão muito própria para não gostar dos meus anos. Quero lá saber se 34 são muitos anos ou não. Se é dramático ou não! Não me sinto a envelhecer. Mas são outras razões. Fortes. Duras. Desgastantes. Não foi sempre assim. É recente. Já não gostava de festejar, mas agora então não tenho motivos para festejar. Penso que são secretos. Não sei se os quero divulgar. E por isso sou um pouco incompreendida. Claro que depois gosto do carinho, dos telefonemas, das pessoas que se lembram. No fim do dia, dou valor! Claro! Mas festa? Jantar? Lanche? Bolo? Velas? Não quero.
O Novembro é tramado, dentro do Outono, é o mais tramado!
E hoje... hoje e ontem... anoiteceu cedo demais!
Anoiteceu e ainda eu queria dia... e custou-me!
A Luz do Outono muda em Novembro...e custa-me!
O dia correu bem...
A noite trouxe melancolia...

quinta-feira, outubro 27

Redefinir

A minha vida mudou. Mais uma vez uma diferente rotina diária. Diferentes horários. Diferentes ambientes.
O que me está a custar mais não é a nova vida,mas deixar para trás a outra. É um corte afectivo,emocional. E são esses que doem. Porque horários mudam-se e eu adapto-me.Tudo o que seja racional é fácil, e eu consigo. Já as mudanças emocionais são sempre pra mim árduas. Tenho saudades, tenho sonhos fortes, um misto de pesadelos. Tenho vontade de dormir, e vontade de estar sozinha. O que deixei para trás ficou lá.
Não me apetece propriamente queixar-me a toda a gente. Ao mesmo tempo que me está a custar, exijo de mim uma garra, uma força, que às vezes me cansa. Redefinir rotinas, o dia a dia, redefinir objectivos, redefinir é a palavra de ordem da minha vida, neste momento.

segunda-feira, outubro 3

quarta-feira, setembro 28

Nunca será fácil. O Outono, nunca será fácil. É um mês controverso, que me cria um misto de sensações e é a estação que mais emoções me trás. Boas e más. Por isso não é fácil.
O Outono é melancólico, e chega seguido de uma estação, cuja personalidade é eufórica e histérica. As estações têm personalidade. E dentro da melancolia do Outono, há uma bipolaridade.
Não é fácil termos menos luz do dia. Faz falta. Faz falta quando saio do trabalho e só vejo noite...
Por outro lado, o dia tem uma luz coada. Uma luz mais calma, mais suave. Os dias são mais dourados.
O conforto dos casacos... os casacos do fim da tarde, são confortáveis, transmitem aconchego, são quase o abraço que preciso. E muito.
O Outono é aconchegante. É mais fiel. E o que eu gosto disso...
É cor, é suave. Tem cheiro a ervas aromáticas. Tem ruído das folhas secas.
É emocional.
É tão emocional, é tão controverso, que o Outono não é, nem nunca será fácil...
Mas é o meu preferido...

quarta-feira, setembro 14

Há coisas que:

...nunca serão fáceis
...nunca serão aceitáveis
...nunca serão ultrapassáveis
...nunca me habituarei

quarta-feira, setembro 7

STAND BY

terça-feira, agosto 23

segunda-feira, julho 25

a minha vida é muito pessoniana!

Dias bons , dias maus e dias!

segunda-feira, julho 18

Os EUS, as minhas portas e compartimentos internos.

Às vezes não consigo olhar para a minha vida como um todo. como um conjunto sólido e inseparável. Mas sim como compartimentada. E se calhar é assim mesmo, o que compõe o self. Ou não, deveria olhar como um todo e analisar o conjunto. Mas cada dia é um dia. Ou, eu acho, não há regra nisto da introspecção. E como eu adoro a introspecção. Seja ela positiva, ou negativa. Seja nostálgica ou feliz. E sem regras. Como eu adoro estar comigo... às vezes! E quando entro nisto da introspecção, vejo portas e portinhas. Somos tantas Anas que constroem o meu EU. Vá... resumindo, há a Ana-psicóloga, com dois trabalhos, a Ana-fiha, a Ana-filha-única, a Ana-da-família, a Ana-amiga, a Ana-mulher, a Ana. Bem, como é lógico há aqui uma só, comum a todas. Uma transversal a todas. Uma só. Papeis que se misturam. Alguns nem se devem conseguir distinguir. A Ana-psicóloga, mas com dois trabalhos completamente diferentes. Já aqui entro numa porta que se depara logo com duas. Completamente diferentes, motivantes, cognitivamente estimulantes. Altamente intensos, ambos. Todos os dias abro uma e outra em alturas diferentes. Saio de uma rapidamente para outra. Todos os dias. Posso até me queixar, barafustar e sonhar com outras profissões, mas adoro. O que não quer dizer que não me veja a fazer outras coisas...porque imagino. Mas por muito que me queixe, adoro! Dou o meu máximo. Sou super responsável por mim. Cuido do meu trabalho. Exijo-me o melhor e odeio falhar. Assumo as falhas e corrijo-as. Não me posso queixar que é muito duro, que é pesado. Eu escolhi-o, e apesar de tudo, adoro-o. Dentro destes compartimentos, por detrás destas duas portas a responsabilidade de os arrumar, é minha. Eu oriento-me e responsabilizo-me. Mesmo às vezes sendo um peso, é a minha obrigação. E há as outras Anas que falei, e que se descrevesse como vejo essas portas escrevia um romance de 531 páginas. A Ana-filha, a Ana-amiga, a Ana-mulher... tantas! Eu sou um infinito. Se calhar as 531 páginas não chegariam. E eu adrava escrever um livro. Nestas não sei se divido uma porta, a Ana-da-vida-pessoal, e lá dentro infinitas portas com cada uma, cada sentimento, cada papel. Mas as portas também não interessam Não tenho tempo nem paciência agora para as descrever como as vejo, mas é um exercício de auto-análise que faço e adoro. A Ana no geral chora muito e ri muito, é emotiva, em família, acompanhada ou a sós.... EU! Tenho cada vez mais necessidade de me exprimir por palavras para as pessoas que adoro, de dizer, de mostrar. Aprendi que vale a pena falar. Claro que às vezes as palavras não saiem, e aí sei que tenho que mudar. Tudo muito resumidamente, a Ana-filha-única chora quando se apercebe da quantidade de cabelos brancos do Pai, porque entristece. Ou quando vê a mãe Doente. Outra chora desalmadamente com um desamor, sofre até escorrer sangue por cada desgosto de amor. Sofre quando tem um amigo triste e preocupa-se e fica mal disposta se não consegue mudar. Cuida da família. Adora Cuidar. É tensa demais em montes de situações. Tem dificuldade em se descontrair às vezes. Se for para dar gargalhadas e estar feliz, também está lá, essa Ana, em todas as vertentes do EU. Eu, para falar na primeira pessoa, sou assim e muito mais. Eu, no geral, sou frágil. É nisto tudo que procuro ajuda. Porque sou carente e por isso tenho que mostrar. E assim recebo ajuda de todos, da família, dos amigos. Porque eu, preciso dos outros. Eu, sempre me assumi como independente, decidida, despachada, confesso, sou altamente carente e depedente do calor humano. Adoro as pessoas que tenho na minha vida. Mas isso não me preocupa, porque ser frágil não faz de mim menos. E porque expôr-me só me ajuda a aproximar de quem gosta de mim. Mas porquê tanta introspecção hoje. Tanto paleio sobre mim... De onde me veio esta inspiração para hoje escrever sobre mim? Porque para tudo o que está para trás, eu conto com os outros. Ajudam-me e estão ao meu lado, sinto apoio. Sinto que basta tremer o olho e tenho um batalhão de gente que me suporta emocionalemente!! Mas para o raio da caldeira, que eu chamo esquentador e ainda sou insultada por isso, pinga água desalmadamente, conto comigo, e só comigo! E eu passo-me!!! Eu passo-me e estou farta! O raio do técnico chiquissimo, que é um picheleiro especializado em caldeiras, deixou-me hoje pela terceira vez pendurada ... A caldeira continua a pingar! Paguei 480 euros em Janeiro para um arranjo que tem garantia... Agora ele não vem, pois!! Não quer dar assistência de borla a uma peça furada que ele pôs? Vou explodir... É isto que me cansa. Esta gestão funcional das coisas práticas. Porque das coisas emocionais tenho as minhas pessoas comigo, cá me arranjo, com mais lágrima, menos lágrima, mais gargalhada, menos gargalhada. E apetece-me berrar! AHHH se apetece. Ai como eu odeio tratar destas coisas. E o pneu que me furou hoje num raio de um buraco enorme que eu não vi? E tive que chamar a assistência. E esperar. E há quinze dias que a bateria do carro pifou, e tive que chamar reboque, ir à oficina... E andar de um lado pró outro. Fico doente! E os assuntos do condomínio, que dá problemas, como eu odeiooooooooooooo as reuniões de condomínio. E o raio do cartão VISA? 300 euros na Amazon americana, não usados por mim. Cancela, vai ao banco, assina papelada, acciona seguro. E o Meo? Que fiz reclamação da conta que pagava, pediram desculpas, prometeram mundos e fundos por telefone e a conta vem igual? E tenho que fazer uma carta de reclamação....Aiiii o que eu odeio tratar dessas coisas! E o candeeiro de tecto que comprei para a dispensa há 3 anos e não sei onde está? E só me apetece berrar! E quando hoje cheguei a casa, e esperei pelas 20h, pela terceira vez, pelo técnico da Caldeira que pinga desalmadamente, e ele não aparece, desesperei. E aqui sim, estou sozinha e tenho que me desenrascar! Entrei na lavandaria, olhei para a pinga contínua, e apeteceu-me chegar à sala e dizer: "Amor, querido, ainda não trataste da caldeira?". Ou no outro dia: "Fofo, o carro está sem bateria, e estou atrasada, vou pró trabalho de táxi, tratas disso?". Ou hoje: "Socorro, furei o pneu e tenho que estar na clínica daqui a 5 minutos, tratas disso queridinho? Adeus". Pode não ser "olá Amor", mas sim "olá Ambrósio! Preciso de algo!!" Eu sei lá! E agora... que a CALDEIRA deu tanto que pensar e reflectir sobre todas as Anas que me compõem o EU, lá vou eu escrever a carta para o MEO, ler a acta da reunião de condomínio, telefonar para o técnico de pichelaria e descompô-lo, organizar o dia de amanhã de maneira que dê para tratar dos assuntos do cartão "roubado". E mais umas 10 coisas que eu, l i t e r a l m e n t e, ODEIO fazer! Ahhh ... e ainda há mais...
Porque é que não consigo fazer copy dos textos escritos emWord para aqui, o Blogger?

domingo, junho 19

domingo, maio 15

Mais uma compra contra stress

Para ti!


segunda-feira, abril 18

quarta-feira, abril 13

Tenho uma dúvida...

Nasci para ser enganada?? Ou a isso chama-se ser "lorpa"??

quarta-feira, abril 6

Há dias difíceis...

...e hoje é um deles. Tudo me caíu em cima. Os vários mundos desmoronaram. Mas, tudo passa. Como sempre passou. São apenas dias...

sábado, abril 2

Eu não sei porquê...

...mas eu ainda acredito em histórias de amor. Não sei o que me move. Eu acredito nos grandes amores, como os amores dos grandes romances clássicos. Eu acredito que se morre por amor. Eu sei que Romeu e Julieta é mais do que uma fantástica obra literária. O estranho é que eu não acreditava no amor puro. Desinteressado. Ou melhor, se calhar nem sei bem no que acreditava. Nunca sonhei com um príncipe encantado. Nem com um amor único na vida. Apesar de ter vivido os meus amores cheios de intensidade e verdade. Vividos. E cada um marcou, mas foi, e passou... E agora, que vejo à minha volta relações a desmoronarem como castelos de cartas, apetece-me berrar, e dizer "parem!"! O que é feito do compromisso? Da luta do dia a dia. Do amar, doa o que doer, do amar e partilhar as coisas fantásticas que uma vida a dois pode trazer. "Do amor que arde sem se ver..." Apetece-me citar a toda a hora o Miguel Esteves Cardoso, que disse: "Quero fazer um elogio ao amor puro" ... "O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. (...) O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se sempre. (...) É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também." E o mais bonito é que "...só um mundo de amor pode durar a vida inteira..." mesmo de quem escreveu "O amor é fodido". E só esse mundo pode ser mais bonito, mais fácil e mais sereno, por muito difícil que possa ser ou dificuldades que possam existir. Porque partilhar a vida com alguém, viver a vida a dois, pode ser muito mais fácil do que a encarar sozinha. Pode ser muito mais bonita. Um projecto de vida partilhado pode ser muito mais feliz do que isolado... Mesmo que todas as razões que racionalmente me assolam a consciência e que querem provar o contrário... Ou as evidências desta vida fútil e vazia sem amor de quem me rodeia; Volto a dizer Eu não sei porquê, mas eu ainda acredito no amor...

segunda-feira, março 28

quarta-feira, março 23

Eu só queria chorar, sem ter que justificar. Chorar, soluçar e ficar calada. Sem explicações. Porque há coisas que não têm explicacão...

sábado, março 19

Hoje apaixonei-me

Só faço compras por paixão. Não compro nada que ache que fica mais ou menos bem, até gosto... até é giro...
Eu olho, e ou me apaixono ou não...
Hoje tive a (in)felicidade de me apaixonar perdidamente... e ter que as trazer para casa:

quarta-feira, março 9

Eu gostava tanto de ter uma cozinha assim...

Um arco-íris dentro de casa!

segunda-feira, fevereiro 28

quinta-feira, fevereiro 24

Tenho vontade de sair e perder-me por ruas desconhecidas. De fotografar. De respirar e sentir a liberdade do tempo. De me perder nas horas. De não ter telefone. Tenho vontade de pintar. Apetece-me cantar sem que me mandem calar. Quero horizonte. Quero barulho. Também quero silêncio. Quero sorrir muito e dar gargalhadas. Quero olhar com as mãos. Sentir. Quero... quero...
Vem um raio de sol, um fim de tarde com mais luz, e eu fico mais feliz :)

sexta-feira, fevereiro 18

sexta-feira, fevereiro 11

Meus Recentes Caprixos

segunda-feira, janeiro 24

domingo, janeiro 23

Há lá coisa melhor do que ser fim de semana?? Há lá coisa pior do que faltarem 10 horas para ser 2ª feira...?

segunda-feira, janeiro 10

Eu sei que sou lamechas. Sou super pirosa. (com bom gosto, não parola - I hope) (vá, pirosinha de gostar de vernizes cor de rosa, e flores no cabelo) Sou facilmente emocionável. Sou picuínhas. Adoro mimos. E sinto vontade de exteriorizar montes de emoções. E tenho que dizer. Venho de um jantar onde estive com os primos todos reunidos e senti-me tãoooo feliz, tão bem, tão confortável, tão amada, tão tão tão tão ...sei lá, que sou tão sortuda em ter a família que tenho!!! Primos, tios e afins. Pais num patamar muito elevado e muito diferente! E pronto, é tudo por hoje! Obrigado!

domingo, janeiro 9

Sair do casúlo

Estive 7 dias fechada em casa. Os 3 ou 4 primeiros dias foram com febres altas e a dormitar... Aos poucos fui arrebitando. Nunca tinha estado tanto tempo doente e sem sair de casa.
E agora, que estou recuperada, e a trepar paredes de estar sem fazer nada, estou com medo de sair. Sinto-me super insegura. Eu sei que está tudo igual. Mas aqui dentro do meu casúlo maravilhoso, onde entram as pessoas que me querem bem, tudo corre bem.
Amanhã volto a enfrentar a dura realidade do meu trabalho, sei que aconteceram muitas coisas numa semana, fui alertada de algumas. Tenho medo de voltar a enfrentar. A mim e ao mundo. É um permanente choque com uma dura realidade.

sexta-feira, janeiro 7

2011

2010 acabou muito bem e 2011 começou bem também (o aparte do que começou mal já daqui a bocadinho) Não sou menina de gostar de grandes festas, de euforias e berros na passagem de ano. Não fiz ponderações de final de ano, balanços finais. Porque é mais um dia que avança, e balanços fazem-se ao longo do ano. Quando é preciso. E planos também, não fiz a lista de desejos para 2011, porque nunca me fez sentido. Não sinto o dia 1 de Janeiro como recomeço. Os planos fazem-se dia após dia, quando é necessário... Os maiores balanços e planos que faço são para dia 1 de Setembro. Aí sim, soa mais a recomeço. Porque obrigatoriamente desde que trabalho tiro férias em Agosto, nem que não queira. Logo, essa pausa, faz com que os balanços e planos tenham mais sentido. Este ano adorei o dia da passagem de ano. A preparação de um jantar calmo e com calma. E com qualidade. Com gosto. Com vontade. Bom e bonito. Uma noite sossegada, e uma meia noite muito bem passada, com pessoas certas, e com fogo de artifício no vale do Gerês. Uma surpresa para todos. Fogo de artifício dá sempre magia. E esse friozinho da meia noite, com uma dor de garganta, num ser frágil como eu (ninguém diria), mas sim, frágil, matou-me. Dia 2 tinha uma amigdalite explosiva (disse o médico... ele também disse outra palavra, mas era tão estranha que eu nem me lembro). 3 injecções de penicilina. Cama, e nem me levantava. Quando comecei a melhorar, uma otite aguda. Outro antibiótico. Cama e sem vontade de me mexer. E que dores... não sabia que era tão horrível. Hoje é o primeiro dia que não tenho febre nenhuma, as dores de ouvidos muito melhores, passaram os pontos brancos. Vontade de me levantar e fazer alguma coisa. Passei 5 dias na cama sem fazer nada. E não é que tenho o estômago desfeito de tanto Nimed, Brufen, Ben-u-ron, antibióticos e afins!! O que vale é que nisto do início do ano não sou supersticiosa... Imagina se fosse... Este fim de semana vou-me recompor, e fazer o que não fiz a semana toda, arrebitar, arrumar, preparar-me para segunda feira voltar à vida lá fora.... QUE MEDO!!