terça-feira, agosto 31

Re-start

Amanhã é dia 1 de Setembro. É dia de recomeço. Recomeço de trabalho após 1 mês de férias. Recomeço de um contrato, que terminou hoje, e renova-se amanhã. Amanhã é o começo de um novo ano. Que venha ele, com todas as bipolaridades que existem na vida...

quarta-feira, agosto 25

Música da minha vida . . .

Eu quero escrever sobre as coisas bonitas. Quero escrever sobre coisas banais que podem ser tão valorizadas. sobre momentos fugazes e simples, que são maravilhosos e trazem tantas cores à vida... Gostava de escrever poeticamente sobre o piar dos pássaros ao fim da tarde, que nos cantam canções de amor, sempre ao pôr do sol. Ou sobre as gargalhadas e a alegria que me enchem o coração. Os momentos simples de conversa. Os momentos fantásticos de silêncio. E ouvir o silêncio. E a faixa nº 6 do Álbum Trio Live do Pat Metheney, que ouço vezes e vezes seguidas, sem parar, e que quando ouço parece que viajo pelos meus pensamentos e me faz sentir ... sentir algo que não sei explicar por palavras, mas que um poeta diria coisas lindíssimas sobre esses sentimentos. Porque é isso que um poeta faz, descreve o indescritível, e transmite aos outros... E de exteriorizar o conforto que me dá cada mimo que sinto. E que agarro cá dentro. As festas de um amigo, o braço do meu pai que me ampara e os beijinhos de um afilhado. A mãe que conversa comigo pela noite dentro. Este conforto que não sei se exteriorizo, mas que não dá para o fazer por palavras, e espero que o faça de outras maneiras. Gostava de, por palavras, descrever o que sinto nesses momentos. Mas não consigo. Porque sinto demasiadas emoções. Tal como sinto demasiado quando os momentos não são bons... E isso faz-me sentir tão viva. E vibro com as pequenas coisas. Vibro com as pulseiras de 3 euros que comprei, igualmente como vibro com a pulseira de 50 euros. Tiro prazer de deitar a cabeça na travesseira e sentir sono. Como de comer um eclair de chocolate e ovos. Um beijo. Um abraço. Ver coisas bonitas. Sentir a bondade das pessoas. Sorrisos. Boa-disposição. Música. Pintura. Porque na vida, também há coisas tão boas, e eu quero escrever sobre essas coisas bonitas.

sexta-feira, agosto 20

Gerês

Este blog está no Gerês, os seus autores, cozinheiros de uns post's e outras coisas mais, de uma forma amadora, estão rodeados de floresta verde, calor e piscina. Dorme-se, come-se salmão e cozinham-se doces deliciosos, alguns em fase de aperfeiçoamento. Bebe-se limonada. Comem-se pêras. Vê-se cinema em casa. Respira-se paz, calma e bondade. Passeia-se e dorme-se na borda da piscina. A Ana e o Rui estão num retiro. E eu estou muito feliz!

terça-feira, agosto 3

Estou com um nível de sono que me permite dissociar a alma da razão. O pensamento da emoção. E muitas vezes acho que só tenho vontade de escrever quando me encontro assim… E de dizer o que me vai na alma. Caso contrário, a razão tolda-me os dedos, e eles, bem-educados como foram, “calam-se”. Não sou artista. Os artistas produzem quando sentem dor. Dor emocional. Dor de alma. Penso eu. A dor deixa-me paralisada, estática, desgastada. Eu só preciso da ebriedade que a sonolência me traz.

Sinto uma vaga de serenidade a inundar-me, o período de calmia tem dado os seus resultados. Mesmo tumultuados por acontecimentos menos bons que deixaram o coração de alguns a palpitar quase fora das entranhas! Mas este período sobreviveu à tempestade. Por momentos senti-me tão frágil … angústia, dor e tristeza profunda. Mas a calmia trouxe-me sentimentos fantásticos de serem vividos. Sinto que ressuscitei. Estou profundamente romântica. Sem estar apaixonada. Romântica noutra ascensão da palavra. Fico feliz e sinto-me bem quando vejo coisas bonitas. Por muito pitorescas que sejam. Quando mergulho no mar. Os mergulhos no mar, no meu mar, que tenho usado e abusado, deixam-me revitalizada. Eu agora acredito que o meu mar e eu temos um affair. Porque mergulho e sinto energias que me percorrem e explodem, e me enchem de bem-estar. E a pequena serenata informal que ouvi… entre um casal, no meio da rua… que ele lhe cantava, quase sussurrava “pó de arroz…do teu arrozal”, e aquele sorriso que diz tanto como resposta e me deixa a acreditar no amor. E o Pat Metheney a tocar continuamente em qualquer aparelhagem perto de mim, nem eu consigo descrever o que cada nota musical significa para mim. Parece que cada instrumento diz coisas bonitas que me fazem sorrir. E fecho os olhos e imagino uma sala linda, toda de madeira, talvez em bétula, com um trio a tocar para mim.

Sou assim, lírica, e, por muito que amanhã acorde e me tenha passado este lirismo todo, não vou apagar nada do que escrevi. Porque é assim que eu sei que sinto as coisas. Eu sei que as sinto de forma intensa. E que não tenho que me lembrar, nesta embriaguez de sono, que a realidade continua, com altos e baixos. Momentos melhores e piores. Só sei que me vou deitar nos meus lençóis, num colchão maravilhoso, numas almofadas que me transmitem tanto, mas tanto conforto, e que dou tanto valor a esse momento, que me vou deixar adormecer, deixar a razão encontrar a emoção, deixar que elas conversem, para que vivam em paz uma com a outra…