quarta-feira, novembro 2

Nos dias em que tudo corre bem não apetece vir escrever. Partilho as emoções positivas de outra maneira. Telefono, saio, comunico, falo demasiado por vezes. Mas não me apetece vir aqui e dizer que tive um dia fabuloso, e que isto e aquilo.

Mas já agora, hoje o dia foi óptimo, almocei com duas primas, cheias de carinho e união e partilha e vontade de estarmos juntas. O almoço durou três horas, porque não nos apetecia mudar o momento. Apetecia mais parar o tempo. Depois, tempo de qualidade com os meus progenitores, aqueles que me olham directos ao coração! Ainda deu tempo para passear com uma amiga. Chegar a casa, e tratar de mim! Com tudo a que tenho direito. Esfoliantes, máscaras, cremes. Enfim...  Sofá... Manta.. Séries...

Mas claro, só escrevo porque a noite trouxe uma melancolia inexplicável. O Novembro é lixado. É o mês dos meus anos. Tenho uma razão muito própria para não gostar dos meus anos. Quero lá saber se 34 são muitos anos ou não. Se é dramático ou não! Não me sinto a envelhecer. Mas são outras razões. Fortes. Duras. Desgastantes. Não foi sempre assim. É recente. Já não gostava de festejar, mas agora então não tenho motivos para festejar. Penso que são secretos. Não sei se os quero divulgar. E por isso sou um pouco incompreendida. Claro que depois gosto do carinho, dos telefonemas, das pessoas que se lembram. No fim do dia, dou valor! Claro! Mas festa? Jantar? Lanche? Bolo? Velas? Não quero.
O Novembro é tramado, dentro do Outono, é o mais tramado!
E hoje... hoje e ontem... anoiteceu cedo demais!
Anoiteceu e ainda eu queria dia... e custou-me!
A Luz do Outono muda em Novembro...e custa-me!
O dia correu bem...
A noite trouxe melancolia...

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