domingo, fevereiro 22

afterglow

É sempre comovente o pôr do Sol por indigente ou berrante que seja, mas ainda bem mais comovedor é o brilho desesperado e derradeiro que enferruja a planície quando o último sol ficou submerso. Dói-nos reter essa luz intensa e clara, essa alucinação que impõe ao espaço o medo unânime da sombra e que pára de súbito quando notamos como é falsa, quando acabam os sonhos, quando sabemos que sonhamos. Jorge Luis Borges

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